Precisamos entender melhor o religare, a ligação estabelecida pela Lei Maior por meio do firmamento de nossas ações e de nosso pensamento. Isso nos leva a crer que cada religião deverá ter o seu código de conduta, o seu código filosófico, seus objetivos diante da busca, preparando cada vez mais os irmãos no sentido de transparecer cada vez mais a razão que nos leva a acreditar e viver essa imensa imortalidade.
Mas como fazer nossos irmãos entenderem as diferenças entre cada religião, cada rito, cada propósito? Surge então entre vocês cada vez mais desinformação, cada vez mais desencanto… E aí, acabam pulando de igreja em igreja, de religião em religião.
Da prática de junção de Candomblé e Umbanda surge o que chamamos de “Umbandomblé”. Isso não é sincretismo, é apenas a migração de práticas religiosas que nada tem a ver com o Ritual de Umbanda, muitas vezes, puro exibicionismo. Aceitar rituais ou filosofias e inseri – las na Umbanda tem seu limite no bom senso de cada sacerdote.
Tantos sãos os caminhos, eu já lhes disse… Mas porque colocar a vaidade na frente do caminho, na frente de tudo? Vemos sacerdotes de Umbanda começarem a seguir outras religiões e outras religiões…Mas a Umbanda, está inserida no contexto efetivo do sincretismo universalista, a Mãe Umbanda entende tudo, só não entende aqueles que querem ganhar dinheiro com a mãe Umbanda…Porque a umbanda é entrega, não é o apego a matéria.
Os princípios de diversas religiões estão sincretizadas na Umbanda, então, não me venham misturar tudo em detrimento de um desequilíbrio pessoal ou espiritual. Misturam rituais de Candomblé com a Umbanda, mas a Umbanda tem seu próprio ritual, que se baseia no amar ao próximo, na humildade e na caridade. Também não há necessidade de sacerdotes de Umbanda participarem de rituais de outros cultos, trazendo para o ritual de Umbanda elementos que não lhe são comuns, pois sabemos que o que está por trás de tudo é o dinheiro, a idolatria. Vocês querem a consciência da imortalidade do espírito? Essa consciência não consiste na idolatria de um ritual melhor do que o outro, de uma “fantasia” mais bonita do que a outra.
Acima de tudo a busca é pessoal, está dentro de nós. A reforma íntima se faz necessária, ainda somos escravos, amordaçados a cada célula do nosso corpo programado para morrer. Infinitamente somos essa energia, temos a necessidade da evolução e não do egocentrismo, implícito na vaidade de sacerdotes.
Irmãos de fé, precisamos entender que é simples a Lei, não é medíocre e não tem como base o cinismo. A Lei é uma só e o homem é equilibrado em sua natureza e postura evolutiva, a idolatria à matéria é o que tira de seu caminho.
Reflitam e acabem com as couraças da matéria. Umbandomblé: Isso não é Umbanda nem Candomblé.
O alicerce da nossa Umbanda é a caridade, firmada na Lei Natural e Evolutiva da “Amar ao próximo como a si mesmo”, do “É dando que se recebe”.
Saravá Jesus, Saravá Oxalá, Saravá Buda, Saravá Ghandi….
Por Pedro Miguel e espíritos amigos. Mensagem recebida por meio da audiofonia em 20 de junho de 2005, pelo médium Marques Rebelo. Texto extraído da Revista Espiritual de Umbanda número 10.