Um fraterno Saravá a meus irmãos de senda.
Primeiramente gostaria de agradecer aos e-mails que recebo, aos comentários do blog, essas palavras realmente me motivam a continuar escrevendo e continuar seguindo o que me é solicitado pelos meus mentores, estou totalmente aberto a críticas e sugestões para melhorar esse pequeno espaço que dedico a eles e a vocês.
Chegou a hora do seu guia trabalhar com o passe, responder às perguntas daqueles filhos que se prostram à sua frente, e aí meus amigos, como agir?
Muitos nem esperam esse momento chegar, o dirigente julga o momento e muitas vezes pega o filho desprevenido e aí meus amigos: COMEÇA A PELEJA!
Não adianta que não ouvirão vozes dos seus mentores, não chegará a dita voz soprando em seu ouvido o que deve falar ao assistente que está em sua frente, não meus amados, vão surgindo ideias e situações misturando-se a com a mensagem do mentor e a sua cabeça, aí está um grande desafio, aprender a diferenciar o que é da sua cabeça e o que é da entidade, esse é um processo extremamente pessoal, tem médiuns que demoram dois, três meses, outros levam anos, outros ainda mesmo depois de dez anos de Umbanda, ainda se confundem, é extremamente complicado determinar um prazo correto para o processo. Serei bem sincero a vocês, é uma fase extremamente fatigante, onerosa, muitos abandonam a Umbanda nessa fase por não quererem discernir esse louco processo que todos passamos por isso. A incerteza toma conta de cada segundo da sua incorporação, é terrível! Rs
No começo é complicado mesmo, é bem complicado identificar quando é um aviso do seu mentor e quando é imaginação de sua própria mente, mas insistam, vocês chegam lá.
No começo da incorporação, você terá solavancos, o que já foi explicado aqui no blog, o guia deve se acoplar ao seu processo vibratório, e como ele está em um patamar diferente do nosso, ocorre essa acoplagem abrupta causando um solavanco no corpo, uma coisa que eu odiava ouvir no meu processo de desenvolvimento mediúnico é: “
– Vem devagar, sem machucar o cavalo, pega o cavalo direito.
Isso é uma falácia, o processo é extremamente o inverso, é oneroso ao mentor espiritual a acoplagem, e assim como a metamorfose da lagarta para a borboleta é um processo custoso, também é custoso a equivalência vibratória aceitável para o processo de psicofonia (Ou incorporação, como queiram).
O Guia não tem e nem terá a intenção de te machucar, o solavanco não é porque ele vem te machucar e sim você que precisa se adequar a um patamar aceitável para o encaixe vibratório das duas vibrações, do jeito que muitos dirigentes falam, com o perdão da palavra, parece que os mentores espirituais são imbecis e não sabem o que fazem.
Mas voltando ao processo da incorporação consciente, apenas com o tempo vai ocorrendo essa acoplagem e as energias vão se afinizando, portanto meus irmãos, é extremamente natural o sentimento de constrangimento, de vulnerabilidade, o demasiado receio de estar fingindo e a preocupação constante com o comentário dos outros irmãos da corrente.
Muitos médiuns iniciantes também sentem-se confortáveis com a incorporação apenas quando é evocado pelo guia do dirigente ou qualquer outro responsável, ou seja, quando o mentor esfumaça com o fumo, como o passe fluídico ou até mesmo com outros métodos de facilitação da incorporação, mas chega um momento que temos que parar de em engatinhar e andarmos com as próprias pernas.
Não se esqueçam do animismo, isso é extremamente normal também durante o desenvolvimento, sim, é natural “copiarmos” o que as entidades dos mais velhos fazem, porque é nossa zona de conforto, por isso, nessa fase, somos totalmente presos a paradigmas e outros processos imitadores, seja uma saudação, um grito de guerra, uma chegada ou até mesmo algum trejeito de incorporação. Depois que vão adquirindo a confiança, vai mudando, muitas vezes o guia te pega de um jeito mais ameno mesmo, hoje o caboclo que eu trabalho dá um salto, antes ele mal pulava.
Sim, o bebês não imitam seus pais? Estamos nascendo para a mediunidade, então vamos copiar o que está ao nosso redor até criarmos nossa própria personalidade e desprendimento no assunto, não?
O outro processo complicado é deixar que o influxo espiritual do mentor tome conta, eu gosto por exemplo, de trabalhar com o Chico Preto que ele usa um cachimbo enorme, e eu como não fumo, chega um momento que eu fico tonto com as puxadas dele e fica mais fácil identificar quando é ele que fala e eu tento deixar a mente extremamente livre, quando vou vacilar no pensamento, penso na lua ou no sol, penso no mar, que são pontos estratégicos de força espiritual.
O post firmeza de cabeça me ajudou intensamente a discernir o que é o guia espiritual e o que é o Neófito, mesmo porque, quando você se torna um médium mais intuitivo, tanto faz você ou o guia falando, pois o acontecimento ou o fato é certo, vai muito do treinamento e dedicação do médium nesse processo.
Também é muito comum o guia perguntar algumas coisas no começo para o assistente, e depois de algumas perguntas, o médium toma confiança e deixa o guia engrenar ajudando, aconselhando e fazendo pequenas previsões. Mesmo porque é extremamente complicado para o mentor passar informações para o médium inseguro, lembrem-se sempre, somos extremamente ativos no processo da psicofonia (Ou incorporação, como queiram), a incorporação (Ou psicofonia) é de nossa total responsabilidade e não o contrário.
Um fator que vai acelerar demais o processo, é quando algo que o guia de vocês falarem e acontecer, sim, sem querermos ser hipócritas, mas isso dá uma bela massageada em nosso ego e o incentivo necessário para seguir em frente, o segundo item que auxilia nesse processo de confiança, é quando durante a consulta ele falar algo que o assistente na hora vai consentir e confirmar que aquilo é verossímil, esses são dois fatores que AJUDAM EXACERBADAMENTE no processo de desenvolvimento mediúnico e consequentemente na confiança na psicofonia de vocês, isso também é relativo, depende do desenvolvimento do médium, das suas faculdades inerentes e consequentemente de sua seriedade e dedicação no processo, não é como uma escola que a cada ano você passa de série, tem pessoas que mudam de degrau em semanas, outros em meses e outros em anos, como disse, depende única e exclusivamente de vocês.
Existirão médiuns melhores sim, existirão aqueles guias que quando chegam, param a casa, e não digo no quesito “show de danças”, “show de piadas”, não, digo no quesito liderança, clareza nas explicações, daqueles que vão no íntimo de suas aflições, que falará com a sua alma, sim, ainda existem médiuns que são capazes de trazer isso à tona, são raros e antes que me perguntem: NÃO PRECISAM SER INCONSCIENTES!!! [RISOS]. Um outro fato, o guia vai pegar um pouco da sua personalidade e do seu aprendizado, obviamente, é difícil apagar na mediunidade consciente todo o traço de sua personalidade, alguma coisa ou outra vai “vazar”, isso vocês perceberão com guias que querem brigar, que querem exaltar uma graça, que querem mostrar que fazem e acontecem, ou seja, guias vaidosos tem muito a ver com o médium e nesse processo, digo com total veemência que é o médium “passando a FRENTE”. E só para enfatizar, NUNCA USEM SEUS GUIAS PARA FALAREM COISAS QUE NÃO POSSUEM CORAGEM DE DIZER, NUNCA!
Vivo enfatizando no blog, sejam bons recipientes aos seus mentores espirituais, estudem, preparem-se, eu diria que a Umbanda se torna uma religião demasiadamente complexa devido a todos esses transtornos que passamos durante o desenvolvimento, e confesso meus irmãos, nem todos conseguem passar, nem todos conseguem dar uma boa comunicação e isso não é culpa dos mentores, nunca!
Esses posts sobre o começo é mais uma referência para que não se sintam sozinhos, muitas vezes não temos coragem de desabafar esses problemas com receio de colocarem à prova nossos guias, a confiança de nossa incorporação, então aqui é o espaço para tirarem as suas dúvidas no ANONIMATO, muitas vezes essa falta de fé é um grande obstáculo e impede muitas vezes de um médium brilhante trilhar esse caminho, justamente pelas dúvidas, vergonha e até medo que encontramos em nosso caminho.
Mas não temam, isso é mais comum que imaginam, acontece aos milhares e eu diria com total propriedade que acontece esses mesmos fatos com 99% dos médiuns.
Um post que poderia auxiliá-los muito é esse aqui
Depois desenvolvo mais sobre o assunto para não ficar extenso.
Lack´ech (Tradição Maia: “Eu sou o outro você” ou “Eu sou você e você é eu”)
Neófito da Luz.
Parabêns pela postagem. Estou aprendendo muito e acalmando meu coração.
Agradeço a Oxala pela oportunidade de lhe encontrar no momento em que eu mas precisava.
Obrigado pelas suas palavras, Carla.
O início é complicado mesmo, mas bora lá, a Umbanda é brasileira por um grande motivo: Não desistimos nunca!!! rsrs
Excelente!! Parabéns pelo trabalho.
Obrigado Leidiane, pela sua visita!
😉
Ótimo post meu amigo! Vai ser de grande ajuda para todos nós!
😉
É essa a intenção, tentar ao menos facilitar todo esse processo de desenvolvimento que chega a ser caótico, penoso!
Abraço.
Muito obrigado Neófito, pelo seu tempo dispensado a ajudar e clarear um pouco nossos caminho, junto com a ajuda do Sr Chico.
Assim como você já citou em postagens anteriores, o verdadeiro trabalho espiritual é como este seu, que tem o intuito de auxiliar quem necessita e não lucrar em cima dos frágeis.
Mais uma vez parabéns e obrigado pelos retornos e apoio que têm me dado.
Eduardo