Saudações irmãos, aqui quem vos fala sou eu, o neófito, com mais um artigo chato.
Recebo muitos e-mails em relação ao que é certo ou errado dentro dos terreiros, hoje, percebi que muitos dirigentes não esperam o guia do filho dar o nome e já vai falando ao filho quem é e isso pode causar dois grandes problemas: O filho por autossugestão ou animismo dar o nome que o dirigente deu, ou o guia dar um nome totalmente diferente, o que deixa o médium ainda mais inseguro.
Também recebo e-mails sobre qual o tempo certo de incorporar e fiz um pequeno artigo aqui, existem também aqueles métodos certos para “despachar” uma vela, de costa com a mão esquerda pra trás, dá uma voltinha e pula amarelinha, entre outros diversos mecanismos que utilizam como REGRAS IMUTÁVEIS para que não ocorram quizilas entre vocês e os orixás.
Também existem aquelas regras que o filho só pode receber apenas UM GUIA POR LINHA do começo até o final de sua vida, descartando o dinamismo universal que existe na espiritualidade. Outros, que os falangeiros de Orixás em HIPOTESE alguma podem falar, o que podemos perceber que isso, em muitas casas do sul, é uma irrealidade.
Existem também aquelas Leis que o filho pode ter apenas um falangeiro, existem aquelas Leis que quem tem Xangô na cabeça não pode rodar com Obaluaie e Nanã não toma a cabeça de homem. Existem DIVERSAS REGRAS E LEIS das quais MUITAS herdamos do candomblé e outros cultos de nação, independente se a mitologia ioruba é rica ou pobre, se o culto dos Orixás eram de elevado nível e o tempo degradou todo esse conhecimento junto com a grande demanda de babalaôs incompetentes que tivemos, a realidade é uma SÓ: Muita superstição e pouca Ciência, muita crença, muita balela para pouco trabalho.
Obviamente temos diversas tradições, das quais muitos por medo ou por comodidade, insistem em segui-las, e como disse, ou porque é cômodo, ou porque há o medo de represálias do mundo espiritual e consequentemente do castigo Divino e outros por simplesmente não se preocuparem com isso, apenas seguem ou não.
Pedir licença na encruzilhada, sair de frente no cemitério, se benzer ao passar em uma igreja (Muitos Umbandistas o fazem), entre outros fatores que são leis que beiram a superstição.
Obviamente na Espiritualidade existem Leis, existem Regras, mas diferente das que são pregadas pelos homens, são leis baseadas em ciência, conhecimento, experiência, se você tem dois falangeiros de Ogum e seu dirigente acha errado, parabéns pra ele, se você tem um boiadeiro de frente como chefe de cabeça, ótimo, sinal que sua vibração é fortemente aliada ao culto de eguns, à missão de força, manipulação de energias densas, limpeza e não que é ERRADO ou tem que tirar o BOIADEIRO da frente.
E quando falam que o Orixá briga pela sua cabeça? Esse pra mim é o ápice de qualquer ignorância, por dois motivos: Primeiro que eu não acredito em Orixás como Deuses Mitológicos carregados de fúrias e paixões, segundo que eu sou um verdadeiro m…. e diferentemente e como muitos crentes acreditam, que o inimigo quer nossas almas, também me nego a acreditar que Seres de Alto Patamar Vibratório guerreiam entre si pela minha cabeça cheia de pensamentos pecaminosos.
Então são várias LEIS que ouvimos dentro da Umbanda, várias REGRAS que devem ser abolidas, tenho muita esperança porque percebo que existem muitos Umbandistas que procuram estudo, procuram conhecimento, eles ficam atrás de várias informações, independente se discordo ou não de algumas filosofias do Saraceni, é um fato que ele auxiliou a muitos buscarem conhecimento, entenderem melhor a Umbanda, infelizmente, muitos de seus “súditos” se tornaram charlatões, caçadores de níqueis e que vivem da Umbanda, mas como sempre digo, pra todo esperto tem um trouxa e em alguns milênios as pessoas terão consciência que nasceram autossuficientes e que o melhor curso, além das suas faculdades evolutivas é o seu desprendimento para com seus mentores, o que estou desenvolvendo um artigo específico de tanto que me perguntam de cursos disso ou daquilo.
Existem muitas regras taxativas, baseadas em crendices e superstições. Reflitam, analisem, questionem, quebrem paradigmas, ignorem paradoxos. A Umbanda é Livre, é compreensão, é amor, é maternidade, quaisquer características que fogem destes princípios não condiz com a Umbanda que cultuamos.
Cada casa tem a sua regra, a sua cartilha, o seu mecanismo de funcionamento, de acordo com o aprendizado do dirigente ou dos guias que lhe instruíram, mas nem sempre são instruções dos mentores espirituais e sim vícios do dirigente, então não é nenhum problema se questionarem, mesmo porque, como eu disse, a Umbanda é compreensão, e até acho saudável o questionamento, a busca pelo entendimento de certos fundamentos que muitas vezes não fazem sentido.
A única regra que devem se apegarem é a prática do bem e da caridade através da manifestação do Espírito, é a prática do amor, do auxílio, do altruísmo, a forma de como praticam essas regras, é que PODEM e DEVEM ser questionadas, porque onde existe o fator humano, TUDO é propenso a falhas, tudo é propenso a erros e mais importante, tudo é propenso a MONETIZAÇÃO.
E repito, se sofrerem represálias por questionamentos, saiam do lugar, todo aquele que não gosta de ser questionado é porque DEVE alguma coisa.
Apenas reflitam…
Lack´Ech (É uma expressão Maia que significa “Eu sou você e Você sou Eu”)
*”Eu sou você e você sou eu.
O que você faz aos outros, você faz a você.
Como você ajuda os outros, é como você se ajuda.
Quando você ajuda os outros, é quando você se ajuda.
Nós estamos todos conectados debaixo do
Por Marcelo Galla
http://www.marcelodalla.com/
Neófito .’.