Filosofia Umbanda

A Lenda dos Orixás

Saudações prezados irmãos de senda.

Aqui quem vos fala é Neófito, cheio de surpresas para 2015, recebo muitos questionamentos sobre a veracidade das lendas dos Orixás, vou tentar resumir um pouco do que eu acho de tudo isso.

Eu mesmo já procurei dezenas de vezes sobre as lendas dos Orixás, suas respectivas “qualidades” ou “tribos” como alguns barracões denominam, entre outras características que auxiliam no conhecimento daquele “Deus” que nos rege.

Como sou um cara universalista, em 2014 postei alguns pontos mais esotéricos da Umbanda, esse ano, entrarei mais a fundo no aspecto esotérico, místico e ioruba das religiões afro-brasileiras e possíveis relações entre os fatos. A Umbanda é maternal, e baseando nesse princípio, aumentarei a gama de assuntos aqui mencionados.

Os próximos posts serão sobre as Lendas de cada Orixás, mas prefiro antes dar o meu ponto de vista com tudo isso.

Desde o Antigo Egito, para todos entenderam os mecanismos espiritualistas que nos cercam, era necessária a didática para a compreensão geral dos mistérios que sempre nos cercaram e sempre despertaram dúvidas nas mentes mais curiosas. Para explicar fatos inexplicáveis, era necessária a criação de alegorias, muitos conhecimentos iniciático no Egito eram passados através de histórias, muitos casos, eram abordados através de peças teatrais que entretiam ainda mais o povo da época, com isso, criou-se o que chamamos hoje de Mitologia.

Mitologia nada mais é que explicar os fenômenos do Universo através de alegorias, histórias e de algo mais próximo da Compreensão Humana, e para muitos, a personificação de lendas, bem como a criação de Deuses Encantados (Antropomorfismo); Era a forma mais peculiar para esse tipo de fato, com isso, era mais fácil explicar o fenômeno dos trovões através de mitos ou até mesmo Deuses. Não estou entrando no mérito se essa divindade existia ou não, mas é para explanar que precisamos de ídolos, seres extraterrenos, precisamos entender a Verdade de uma forma que podemos conceber.

“A cada qual é dado conforme seu conhecimento”

Muitos conhecimentos Iniciáticos no Egito, quando o postulante alçava maiores graus, o conhecimento de Deuses se transformava em embasamentos científicos, ou seja, para os Iniciantes, os buscadores, era explicado de uma forma mais básica e resumida, na medida que o conhecimento ampliava, as explicações também ficavam mais complexas e poucos chegavam aos Graus Iluminados para entender de fato o conhecimento por trás dos panteões criados pelas civilizações avançadas.

Isso se repetiu também na Civilização Grega, Escandinava, entre outras Antigas, o que não poderia deixar de acontecer em outros países Africanos, já que o Egito e a Libia eram hegemonia na época.

Podem observar os arquétipos de Deuses, sempre muito semelhantes mesmo sendo de culturas distintas e civilizações a milhares de quilômetros de distância, sempre muito parecidos, o que eu posso desenvolver em outros posts.

Nessa premissa, os africanos, também criaram mitos baseados nas energias, nas vibrações que muitos concebiam, porém nem todos entendiam, os líderes espirituais das tribos criaram arquétipos para justificar circunstâncias que poucos compreendiam.

Com isso, parecido com outros Deuses da Guerra, como Ares, na Mitologia Grega, Tyr na Mitologia Nórdica, Marte, na Mitologia Grega, os iorubas atribuíram para essa energia aguerrida, munida de força para a vitória, em suma, para a Guerra que enfrentamos em nosso cotidiano, a denominação Ogum.

E isso ocorreu para outras vibrações naturais, a personificação, o antropomorfismo dessa Força para a compreensão de todos, para cada cultura, cada Fenômeno Natural era atribuído a uma Divindade, bem como algum sentimento humano, alguma motivação pessoal, por exemplo, Oxum (ou Obá) poderíamos sincretizar com Afrodite, ambas conhecedoras de todos os feitiços e Deusas do Amor.

Os próximos posts, serão sobre as lendas dos Orixás, apenas para o conhecimento e satisfação da maioria, a minha visão de lendas, eu tentei sintetizar acima, é uma forma mais didática de explicar a força que nos rege ou que nos regem, são os famosos arquétipos, que é um termo muito utilizado na psicologia, filosofia e até mesmo na narratologia. Quem quiser saber um pouco mais sobre arquétipos, segue um bom resumo: http://oarquetipo.wordpress.com/o-arquetipo/

Gosto da fábula que gira em torno dos Orixás, das Lendas Criadas, mas isso não significa que eu acredito que Ogum dizimou uma aldeia inteira e se “Encantou”, nem que o outro saiu “pegando” todo mundo do reino e se encantou, mesmo porque nós que temos conhecimentos espiritualistas, sabemos que para ascender ao Céu não seria bem assim né?

Mas o que vale é o conhecimento que nunca é demais, e os próximos posts falarão um pouco dessas lendas e dessas curiosidades que muitos leitores do blog possuem.

Um abraço a todos e mais uma vez, um excelente 2015 para todos nós.

Neófito da Luz.

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