Umbanda

Egrégora Umbandista

No post anterior eu falei sobre a egrégora da Umbanda, mas particularmente esse é somente um dos diversos nomes que essa egrégora carrega.

A Umbanda nada mais é que uma prática litúrgica que visa praticar o mediunismo com todos aqueles que possuem esse dom de interligar o plano espiritual com o plano material, a Umbanda está intrinsecamente ligada à prática da mediunidade, ou seja, é apenas uma das diversas formas de praticar a mediunidade dentro de uma grande variedade litúrgica.

A grosso modo é… A Umbanda é uma das diversas formas de praticar o bem e a caridade através da troca de fluídos entre os diversos planos.

Um grande fato que corrobora com a minha afirmação é a diversidade gigantesca de prática entre os terreiros, cada um pratica de uma forma, não existindo um elo, um pilar oficial, um manual de práticas dentro do terreiro Umbandista.

Cada um pratica da forma que aprendeu, assim como muitos centros kardecistas, presencio uma grande diversidade litúrgica entre eles, não há forma correta e nem tampouco errada, mas existem ao menos boas práticas.

É como dirigir um carro, aprendemos na auto-escola vários fundamentos, mas alguns ignoram a seta, outros ignoram as placas de limite de velocidade, outros ignoram sinalizações em si, ou seja, todas essas formas te levará a algum lugar, resta saber como você chegará a esse lugar. Com multas? Com sinistros? Colisões? Depende de você.

Assim é o espiritualismo, eu tenho meu conceito de boas práticas, como já as enumerei em diversas oportunidades aqui no blog, mas isso não significa que todos praticam dessa forma.

Um exemplo disso, é o caso das oferendas, ou eu não tenho absolutamente nada, ou meus mentores nunca exigiram oferendas, é a forma de trabalho deles, já fui muito criticado por isso, uma vez joguei buzios com um sacerdote muito famoso em Guarulhos e o mesmo jogou diversas vezes e disse: “Estranho, seu orixá e nem seu exú quer comer”.

Está aí um termo que discordo totalmente, mas por enquanto não é o escopo do post.

Muitos dos meus mentores, preferem trabalhar no silêncio, com meia-luz, com bastante erva queimada ou até incenso, optam por água em grande parte das vezes que trabalharam, é dessa forma que me ensinaram, talvez nao estejam condizentes com a Umbanda de hoje, mas talvez a única forma de se manifestarem é dentro dos trabalhos da Umbanda. Talvez daqui a alguns anos, exista uma nova religião com prática mediúnica com elementos menos densos, não sabemos!

O único caboclo meu que fumou foi o Sr. Rompe-Mato, que pediu duas vezes na vida um charuto e o Sr. Urubatão da Guia um dia pediu o cachimbo do Chico Preto e mandou queimar várias ervas para um trabalho, mas só. Será que são antiquados?

O que eu quero dizer a todos vocês é para pensarmos fora da caixa, não quero reinventar a roda, mas talvez seja hora de sairmos do vício de rituais alegóricos e arcaicos, assim como oferendas com o sangue, entre outros e começar a pensar de forma mais evolutiva, ao menos, conversar com nossos guias e propor uma forma diferenciada de trabalho.

Dessa forma parece que eu quero afirmar que temos que ensinar como eles trabalham, pelo contrário, o medium deve pensar fora da caixa e deixar o guia trabalhar livremente, livre de paradigmas, livre de rituais que viciamos praticar.

Não quero inventar uma Umbanda New Age, mas gostaria que muitos se atentassem em “ouvir” mais e deixar a entidade trabalhar um pouco mais, ficamos mto presos a animismos e certas tradições.

Por exemplo, o ato de bater cabeça? O ato de cantar para 500.000 orixás na abertura. Já estão todos ali, não ficarão “chateados” senão os louvarmos, porque o orixá é parte de nossa essência, hipócrita é no meio do ponto relembrar a noite anterior que tivemos com a vizinha, isso sim, é hipocrisia.

Eu só sinto que as coisas irão mudar, o mundo está mudando, tudo está mudando, estamos em constante transformação, está na hora de libertarmos de vícios.

Quem diria que muitos centros kardecistas, licenciados pela federação, aprovariam o trabalho de pretos-velhos e caboclos? Isso é magnífico, essa União Cosmica entre a liturgia mediúnica. Isso é um grande exemplo de progresso.

Eu estou afastado há quase três anos, se eu for realizar um balanço, fora alguns problemas pessoais que eu tive, de resto, fui muito feliz, capotei o carro a 135km/h e saí ileso, o carro estava em auditoria de seguro, ou seja, a seguradora correria grande risco de não ressarcir o carro, quase não foi coberto, mas meu exu, com a graça Divina, permitiu que tudo desse certo.

Está na hora de nos livrarmos dessa escravização que se sairmos, os nossos guias nos castigarão, a vida não andará, sua conduta de vida e a forma que você pratica a mediunidade fala muito mais forte do que estar toda semana em um terreiro.

Da ultima vez que conversei com eles, não tive cobrança alguma de não achar um lugar, minha vida está indo muito bem, graças a Deus, não estou acima do bem e do mal, só acho que os mentores espirituais possuem sabedoria o suficiente para entender porque você não está frequentando um lugar.

Antes estar em casa, meditando, ajudando as pessoas, solicitando a eles que vá ajudar os filhos, do que passar nervoso em centros ruins e ainda levar certos miasmas pra casa.

Umbanda é apenas o nome que se dá a uma Grande Egrégora que existe no plano espiritual, é apenas uma das diversas práticas, onde seus próprios mentores, poderão se adequar a outras liturgias e acima de tudo, se desprender de certos dogmas e rituais.

A Umbanda é apenas um apelido, apenas uma denominação ritualística para esses milhares de espíritos que atuam sob a égide divina onde já estão isentos de certos vícios e paradoxos do Plano Material, estão prontos para trabalhar dentro de qualquer vibração, basta você ativar o Poder que há em você e vibrar de forma sutil com as Hostes Cosmicas.

Aruanda é só um dos nomes para esse grande exército divino que trabalham em prol do benefício terreno.

Tudo é UNO! A Imagem desse post simboliza bem isso!

A Umbanda não é nada mediante a todo esse Poder existente em nossos mentores, é apenas uma forma que encontramos de LIMITAR o grande poder que existe nos mesmos. É apenas uma forma de engatinhar e conhecer todo o benefício que o Grande Universo nos concede, a Umbanda talvez seja passageira, mas o Amor Divino, a Prática do Amor e da Caridade, os Nossos Mentores e nossos amigos espirituais, esses laços maravilhosos, serão eternos!

Neófito da Luz

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This Post Has 3 Comments

  1. Mais um texto muito bom, com muito coerência.

    A parte citada sobre os guias entenderem o motivo do médium estar fora de um centro foi perfeita, pois vejo muito orientador que trata seus filhos na base do medo, que se saírem da casa a vida não andará.

    Abs.

    1. Por isso lamento muito que os nossos guias e amigos invisíveis não nos ajude nisso. Onde estão os exus da lei. Precisamos muito dos guías. da amizade e amor deles. Que pena que não temos a chance de falar e de senti los. Ouvir a qualquer hora. Pergunta e tirar dúvidas. Não duvidas do tipo se minha namorada me traiu. Mais é dúvidas de sentido moral. No sentido de amor próprio. De como viver. Mmmm é uma pena dependermos de paes e mães de santo inteiramente apaixonados pelo nosso dinheiro. … a beleza da umbanda é pra poucos.

  2. Assim dá próxima vez manera no pé pro seu exu ter menos trabalho.. capotar o carro não é nada agradável..
    voltando ao que interessa…

    bons textos como sempre.. a nossa espiritualidade ou o nosso espiritualismo se reflete nas nossas ações/pensamentos do dia-a-dia.. são elas que mostram quem somos e com quem nós andamos..

    são poucas pessoas/espíritos que tem condição, capacidade, competência, luz ou cacife mesmo para chamar a nossa atenção, e por isso mesmo não o fazem, em vez disso nos ajudam, nos compreendem, nos protege, nos amam.. sabem muito bem que estamos aprendendo evoluindo…

    como diria um irmão meu, Saudações.

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